A beleza é um fator relativo, porém é um pensamento universal. O tema de hoje é Capital Erótico.
SEXO
Capital Erótico
O historiador inglês Arthur Marwick (1936 –2006), autor de dois volumes sobre a história da beleza, publicados em Londres incluindo, A History of Human Beauty (A História da beleza Humana) diz que, exceto pequenas variações, a percepção sobre quem é belo no ocidente mudou muito pouco desde a antiguidade, e a beleza sempre foi valorizada. Comparadas a outras mudanças históricas, as mudanças nos padrões de beleza são praticamente insignificantes. As beldades em séculos anteriores, seriam considerados atraentes também nos dias de hoje e tirariam proveito disso, como fizeram no passado.
Catherine Hakim, professora do Center for Policy Studies, de Londres, em livro publicado no ano passado (editora Best.Business), cujo o nome é “Capital Erótico. Especialista em sociologia no mercado do trabalho, força de trabalho feminina e teorias sobre a posição da mulher na sociedade, ela teoriza sobre o que chama de quarto capital, o capital erótico, tão poderoso quanto os outros três.
Segundo Catherine Hakim, “Disseram as mulheres que explorar a beleza é desonesto”. A autora culpa as feministas por reforçar a dominação masculina, ao negar às mulheres o reconhecimento e uso de seu poder erótico.
O que significa Capital Erótico?
Esse conceito transcende o conceito de beleza física e atratividade como é apreendido no senso comum. Para descrevê-lo como um atributo que muitas pessoas possuem, também em maior ou menor grau, e que diz respeito ao conjunto de seis elementos que coexistem em cada indivíduo de forma interdependente, em níveis variados. Além disso, a harmonia entre esses elementos constitui uma faceta, em si, do próprio capital erótico. Tais elementos, segundo a autora, incluem :
A beleza física, mas também o sexappeal, a energia social, o carisma, a capacidade de vestir-se bem e a sexualidade. Essa autora entende o capital erótico como um novo tipo de capital simbólico, nos moldes do que aponta Bourdieu (2002) a respeito do capital cultural, social e econômico.
Hakim cita os 6 elementos que consiste o Capital Erótico:
- Beleza
- Atração Sexual
- Atração Social
- Energia e Vivacidade
- Apresentação
- Sexualidade ou Potencial Sexual
O Livro
Neste livro, pessoas atraentes são mais bem-sucedidas. A ciência garante (Best Business, 336 pgs), a autora explora as aplicações e a importância de sua descoberta, desafiando o estigma social dado àqueles que o utilizam no ambiente de trabalho.
Catherine Hackim tem causado polêmica no meio editorial e a ira de feministas com seu livro “Capital Erótico” (Best Business), que acaba de ser lançado no Brasil. Nadando contra a corrente, a obra defende que as mulheres devem usar sim seu poder de sedução em nome da carreira. Catherine levanta ainda a ideia de que pessoas bonitas e atraente costumam ser mais bem-sucedidas em suas áreas de atuação.
Hakim explica que o capital erótico é uma arma vantajosa para qualquer pessoa, de qualquer sexo, principalmente aquelas com menor possibilidade de acesso ao capital econômico (dinheiro), ao capital humano (educação e formação) e ao capital social (bons contatos). No livro, ela tenta explicar o porquê de as mulheres ainda lucrarem menos com seu capital erótico que os homens. “Minha resposta é que os homens patriarcais tentam impedir as mulheres de ganharem benefícios com seu capital erótico. E, infelizmente, as feministas radicais engoliram a ideologia patriarcal, em vez de rejeitá-la”. Mas também afirma que, os homens são livres para usar seu capital erótico e fazem isso o tempo todo: na vida privada, para conquistar mulheres; na vida pública, para conseguir promoções, aumentos ou vencer eleições. E eles não são criticados por essas ações. “Como resultado disso, homens atraentes ganham 17% mais que aqueles que não o são”, garante.
A escritora diz que, “Beleza e charme são commodities valiosas, que têm oferta escassa em qualquer sociedade”