Os vibradores tem recebido um aumento significativo em seu número de vendas, chegando a 50% segundo uma pesquisa realizada pela , mesmo para precária fase da economia que nosso país e o mundo enfrenta, e olha que isso acontece desde de Março.
Muitas pessoas que nunca procuraram vibradores começaram a descobrir esse mercado segundo a própria pesquisa aponta.
“Eu sempre tive a curiosidade, mas nunca tive coragem de comprar talvez, por vergonha, não sei. E nessa quarentena eu ganhei de presente de Dia das Mães de um ‘crush’. Na verdade, ele enviou de presente para mim dois vibradores. Foi uma surpresa muito boa, muito legal”, Maria Carolina Oliveira relatou sua experiência.
A sua primeira experiência com vibradores não é um caso isolado, segundo a pesquisa feita por Paula Aguiar, ex-presidente da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico, o mercado nesse segmento vendeu 4,12% a mais do que em relação à mesma época no ano passado.
Ao que parece, mais de 1 milhão de vibradores, consolos e plugs foram vendidos desde que o isolamento social começou, os lojistas de sexshops ainda criaram um kit de sobrevivência para ajudar os casais.
“Os lojistas estão trabalhando muito a questão do delivery e o tal do kit de sobrevivência, que é um kit de produtos essenciais para o casal dentro da quarentena. Então, em primeiro lugar, um bullet, que é um vibrador pequeno, potente, versátil, o lubrificante íntimo, em segundo lugar, o gel beijável térmico, géis de massagem e a calcinha tailandesa, que está muito na moda. É uma calcinha diferente que estimula também a região clitorial“, explica Paula.
A pesquisa ainda ressalta que a maioria dos consumidores são mulheres entre 25 a 35 anos que estão em um relacionamento. A própria, Ericka Arouca, casada há 22 anos, conhecia os acessórios, entretanto, apenas agora com o isolamento resolveu dar sua devida atenção.
“Eu já consumia antes, mas já estava há bastante tempo sem consumir nada, sem comprar nada, e a quarentena acabou despertando isso. Até por conta de cair na rotina e estar todo dia 24 horas junto com o parceiro, porque tem muito casal já entrando em crise e eu tentei ir no sentido contrário. Falei ‘vamos comprar uns negocinhos diferentes para apimentar a relação’, para tentar sair dessa quarentena mais fortalecida ainda.” ressaltou Ericka Arouca.
Isso também vai contra pessoas que estão afastadas de seus companheiros ou companheiras, como é o caso de Bárbara Alves, ela não usava nenhum acessório, mas devido a quarentena se afastou do seu namorado.
“Durante a quarentena, eu senti necessidade porque eu estou há sete anos com uma constância sexual semanal, e de repente se esgotou, assim. Eu estou em isolamento no interior, meu namorado está em São Paulo, a gente não está em isolamento juntos. Por isso que eu decidi comprar, e daí fui experimentando.” disse Bárbara Alves
Cristina Werner, terapeuta de casal e educadora sexual, afirma que o uso de acessórios, como vibradores, é saudável tanto de forma individual quanto em um relacionamento.
“Eles podem ter dois papéis principalmente: o papel de substituição, já que, para exercer a sua atividade sexual, você pode exercer sozinho ou sozinha, ou em parceria, mais conhecidamente como dupla, um casal, duas pessoas ou até um sexo mais coletivo. Costumo brincar que sexo é uma brincadeira de gente grande. Então, a gente brinca, o sexo tem um lado que pode ser muito brincalhão. Se tiver comum acordo, a utilização desse acessório é muito bem-vinda.” disse Cristina Werner.
Enquanto isso, a Dinamarca também dobrou a venda de produtos eróticos e os Estados Unidos, uma rede de sex shop doou vibradores a mulheres para a ficarem em casa.