Mitos dos filmes pornô – 8 que não são realidade

Sexólogas discutem como mitos dos filmes pornô podem atrapalhar as relações sexuais na realidade. Como muita é totalmente diferente.

Apesar de vivermos uma sociedade que consome pornografia tranquilamente, ainda existem alguns perigos, como alguns mitos dos filmes pornô que prejudicam as relações sexuais reais.

SEXO

Surpreso, não é? O conversou com sexólogas sobre como a pornografia pode prejudicar o sexo com com seus mitos que muitos acreditam serem totalmente definitivos.

Hoje, aliás, as pessoas cedem as informações fáceis, como o Youtube, por acreditar que existem explicações fáceis sobre natureza humana. Os filmes pornô não são diferentes, entretanto, apesar de nutrir o tesão, eles possuem histórias criadas, ou seja, uma completa ficção.

Mitos dos filmes Pornô

O orgasmo sempre acontece em mil maravilhas

Coisas que você sabe que vai acontecer, o show do Roberto Carlos no final do ano e o orgasmo no final da cena de algum pornô, isso é praticamente de lei. Pode surgir imprevistos na história, mas não vão parar de maneira alguma, porque o orgasmo é sempre definitivo

Entretanto, isso nem sempre acontece na vida real. “Nem todas as relações sexuais incluem ou terminam com um orgasmo e nem por isso deixam de ser prazerosas”, ressalta a sexóloga Lola González, do Centro Borobil.

De acordo com a sexóloga, na realidade, nem sempre o corpo está no melhor dia para um orgasmo e ignoram que a razão de fazer sexo não acaba sempre em orgasmo.

“Às vezes se pode buscar o prazer na forma de orgasmo; em outras talvez se queira uma aproximação em relação ao outro para sentir a segurança ou a proteção do parceiro, por exemplo”.

A facilidade do sexo casual

Outro grande mito dos filmes pornô é casualidade, como aquele limpador de piscina que sempre se dá bem e faz sexo com a dona da casa. Em qualquer lugar, o sexo casual ocorre de maneira fantástica.

No pornô, tudo parece muito fácil e descomplicado. Na verdade, podemos sair uma noite e desfrutar do sexo casual, sim, mas com certos cuidados” reflete sexóloga Irene Valverde. Especialmente, segundo ela, quando o sexo envolve desconhecidos ou fantasias eróticas.

A excitação surge como mágica

mitos dos filmes pornô

As coisas começam com um aquecimento, não é aquelas preliminares que acreditam ser. Tem que existir sedução em gestos e palavras que estimulam o desejo pelo outro, não apenas o toque nas partes intimas. As vezes para excitação, o próprio corpo precisa de uma ajuda.

 “Embora a lubrificação e a excitação costumem aparecer juntas, isso não significa que sejam inseparáveis. São fenômenos independentes. Você pode estar excitada, mas não lubrificada, e pode estar lubrificada, mas não sentir excitação”, diz a Estela Buendía

Ninguém se cansa

Um dos outros mitos dos filmes pornô é que as pessoas aguentam horas repetidas de sexo. Entretanto, a vida real demonstra que muitos ficam felizes com aquela famosa rapinha. Certas vezes, separamos um tempo para sentir prazer com nosso parceiro ou parceira.

 “Devemos lembrar que, como em qualquer filme, as cenas são cortadas no pornô. Ou seja, se um plano não convence o diretor ou se os atores e atrizes simplesmente se cansam, a cena é cortada e depois na montagem parece que esse corte não aconteceu”, diz Valverde. Procuramos imitar algo que não é real.

Grande é sinônimo de prazer

O que tem costume de se repetir nos filmes é que quanto maior o pênis, mais prazer as mulheres vão ter.  Embora, na vida real esse mito do pornô nem sempre se aplica.

 “Quanto maior o tamanho e/ou profundidade da penetração, às vezes o que se consegue é desconforto ou dor”, diz Lola González.

A sexóloga ressalta que “a vagina só tem sensibilidade no primeiro terço, por isso é irrelevante que a penetração realizada seja mais ou menos profunda e o pênis maior ou menor. De fato, no caso de pênis muito grandes, as mulheres podem sentir os ‘golpes’ na pelve, mas isso não significa que seja satisfatório”.

Violência sempre excita

Uma coisa que alguns filmes fazem é colocar a violência como algo “normal” em muitas das vezes. Embora, algumas pessoas não se sentem tão bem com isso.

 “Dentro do nosso imaginário de fantasias eróticas pode ser agradável para nós pensar em um encontro em que o sexo seja violento, como, por exemplo, ser puxada pelos cabelos ou jogada na cama. Agora, fazer é outra questão”, reflete Irene Valverde.

Uma coisa é ser fantasia e a outra é realidade. Não importa o desejo, qualquer brincadeira sexual deve ser discutida para agradar ambos os parceiros.

 “Se pararmos para pensar, é bastante lógico que não façamos algo com outra pessoa sem seu consentimento e o mesmo acontece no sexo”.

As mulheres gritam durante o sexo ou orgasmo

mitos dos filmes pornô

Um dos mais conhecidos clichês é a mulher gritando e revirando os olhos de tesão. É uma visão que muitas mulheres são incapazes de se identificar. Porque realmente, existem orgasmos que são ondas enormes e outros são suaves e discretos.

Por isso, segundo Estela Buendía, “não podemos concluir que o nosso parceiro está gostando baseando-nos em ‘sinais’ como a ofegação, a respiração ou o movimento. A única maneira segura de saber como está sendo é perguntar”.

O sexo anal não tem preparação

Sabia que os filmes pornô são um dos maiores agregadores nas curiosidades sobre o sexo anal. Embora, na vida real não é tão simples.

 “O ânus não é como a vagina, não se adapta como a vagina e precisa ser dilatado e lubrificado (não se lubrifica sozinho). Caso se aja com brutalidade e não houver preparação, podemos acabar com fissuras e feridas”, avisa Valverde.

o ideal é erotizar o processo anterior à penetração anal”, estimule com o dedo, use lubrificante especial, um brinquedo para ir dilatando e garantido maneiras confortáveis.

As atrizes pornôs fazem o mesmo, litros de lubrificante e preparação prévia. O que acontece é que isso não é visto na câmera”.

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