Sophia Trentini, acompanhante desde os 18 anos

Sophia Trentini tem 22 anos e começou a trabalhar como acompanhante desde que atingiu a maioridade. Confira as fotos e a entrevista exclusiva.

Nome: Sophia Trentini
Idade: 22 anos
Cidade: São Paulo
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Sophia Trentini

No post de hoje você confere um bate papo especial com a acompanhante Sophia Trentini. Ela contou sobre o seu dia a dia e como é trabalhar como garota de programa.

Sophia Trentini, há quanto tempo você trabalha como acompanhante?

Trabalho há quase 5 anos, comecei logo que fiz 18 anos, quando estava na faculdade.

Porque você decidiu entrar neste ramo?

Sophia Trentini: Acho que ninguém gosta de acordar cedo, pegar ônibus, ter um emprego ruim, ter chefe. Eu sempre quis trabalhar sozinha ou ter minha empresa para evitar pelo menos parte disso. A ideia no começo era juntar um dinheiro e montar algo, mas acabei gostando e hoje não me vejo trabalhando com outra coisa. A liberdade de fazer o que quiser, a hora que quiser é algo difícil de encontrar em outra profissão, pelo menos para quem está começando a vida adulta como eu.

Como é o seu dia a dia e rotina de trabalho?

Minha vida era uma loucura antes da quarentena. Trabalho com temporadas, geralmente uma ou duas semanas em cada cidade, sempre viajando. Estava fazendo temporadas até fora do Brasil.

Sophia Trentini: É muito bom porque conheci vários lugares, sempre deixo um tempinho para turistar. Agora dei uma sossegada, estou viajando pouco e trabalhando mais com venda de packs, mas não vejo a hora de poder voltar com a rotina

E como é a vida da Sophia Trentini fora do trabalho?

Sou muito tranquila pra compensar a loucura do trabalho. Um vinho, uma coberta quentinha e uma maratona de série já me fazem feliz.

O que você gosta de fazer na horas vagas?

Sophia Trentini: Tento cozinhar algum prato diferente que vi no youtube ou jogo alguma coisa.

O que mudou na sua vida depois que você se tornou acompanhante?

TUDO, basicamente. Além de ter conquistado muitas coisas que nem imaginava, hoje gosto mais de mim. No começo não achava que alguém pagaria pra ter minha companhia, hoje me sinto desejada – faz bem pra auto estima. Outra coisa foi sair um pouco da bolha, da zona de conforto. Você acorda pra vida indo trabalhar sozinha num país diferente sem conhecer ninguém.

Sophia Trentini, você enfrenta com muito preconceito?

Sim, mas vem mais de estranhos na internet, nunca tive problemas com a família, amigos ou pessoas próximas. A verdade é que muitos nunca tiveram contato com uma acompanhante, só viram o filme da Bruna Surfistinha ou alguma matéria na tv, então acabam tendo uma visão muito negativa da profissão.

Acham que sofremos, nossos clientes são horríveis e continuamos “vendendo o corpo” por falta de opção. Não conseguem imaginar que eles são só homens normais querendo um encontro com uma menina legal.

As vezes o preconceito vem dos próprios clientes durante o encontro, nas perguntas que nos fazem “mas e doença? não tem medo? você se cuida?”, “e quando ficar velha? vai fazer o que da vida? pensa em estudar?”, ou falam sobre drogas como se alguém nos obrigasse a usar (?). Sei que existem casos e casos, mas para mim a parte mais chata da profissão é ter que lidar com quem só quer incomodar no whatsapp – alguns caras passam o dia mandando “oi bb linda xerosa, bb manda nude no zap, bb vc é solteira” ou marcam algo e não aparecem.

Tive muitas oportunidades que nem imaginava. Sair em capa de revista masculina sem ser o perfil peitão bundão foi interessante.

E você já passou por algum apuro?

Sophia Trentini: Já tive um stalker. Ele se apaixonou e começou a invadir minha privacidade, descobriu nome, endereço, redes sociais da família inteira, até eu não querer mais sair com ele – é uma regra que tenho, se a pessoa passa dos limites nunca mais vai me ver. Quando recusei os encontros ele começou a fazer loucuras e inventar motivos para falar comigo. Inventou uma doença grave no coração para ver se eu ficava com dó. Fez um anúncio fake meu na cidade dele com meu nome verdadeiro e fotos de rosto para ser o “salvador da pátria” que veio me avisar… até que se mudou para perto de mim e começou a me seguir por aí. As vezes estava no bar com os amigos e via ele sentado em algum canto me olhando. Não bebia, não comia, só me olhava.

Qual a coisa mais estranha que algum cliente já te pediu?

Sophia Trentini: Tenho um cliente que ama chuva dourada. Ele pede para eu arrumar várias amigas diferentes e fazer uma roda com ele no meio, todas fazendo a chuva dourada ao mesmo tempo. Acho incrível que ele consegue gozar instantaneamente quando fazemos, sem tocar nele, sem beijar, sem nada, só a chuva dourada. Sempre bebemos muita cerveja e chá verde antes para conseguir. Risos! Já fiz dominação financeira também, tinha um que pagava meus boletos. Infelizmente quando comecei a mandar uns mais caros ele não aguentou a pressão.

Com essas experiências, você passou a encarar as fantasias sexuais dos homens de forma diferente?

Demais. Antes achava a maior parte dos fetiches muito estranhos e jamais me imaginava fazendo, hoje sou mais mente aberta. Acho que todas as pessoas tem um, talvez só não descobriram ainda.

Sophia Trentini, você consegue ter uma vida “normal” depois que entrou neste ramo?

Sophia Trentini: Fiquei um pouco sem paciência para conversinha e toda a burocracia que um encontro normal exige. Com os clientes não chego só tirando a roupa, gosto de conversar e criar intimidade antes, mas é tudo mais simples. Não precisa ficar impressionando a pessoa, convencendo ela a te querer. É só marcar, sair e pronto, sem enrolação

O que você aprendeu sobre os homens depois que se tornou acompanhante?

Aprendi muito como a cabeça deles funciona, principalmente os motivos de infidelidade

Sophia Trentini, seus clientes são apenas homens?

No geral sim. Não gosto de me encontrar com casais pq sempre rola aquele ciuminho, e não tenho muita experiência com mulheres

O que seus clientes buscam? Apenas sexo ou tem conversa também?

Sophia Trentini: Eles querem um encontro normal, sabe? Como se tivessem me conhecido por aí. Fazemos tudo o que um casal faria, comemos juntos, bebemos algo, vemos uma série. Sexo faz parte sim e é importante mas não é a úncia coisa que procuram. A diferença de sair comigo e uma mulher civil é que eu não me apaixono, não fico mandando mensagem no outro dia, nunca vou contar para a esposa e tenho experiência na cama

Qual o perfil dos homens que te procuram?

Geralmente homens casados de 30 a 50 anos.

Sophia Trentini, obrigado pela entrevista. Você já conhecia o pribor-sk.ru?

Eu costumava ler bastante há uns anos, acho legal mostrarem como é a vida das acompanhantes e quem trabalha com as sexworkers no geral. Assim as pessoas conhecem mais como as coisas realmente são e perdem um pouco essa imagem ruim que tem de nós. Somos pessoas legais :D

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